O Mapa do Mato é um projeto de mapeamento que inclui ações de pesquisa e levantamento do patrimônio natural e cultural de Mato Grosso. O objetivo principal é identificar, registrar e divulgar informações sobre locais e atividades com potencial cultural e turístico no estado. O Mapa do Mato nasceu para mostrar que longe dos grandes centros, há muita coisa bonita e um povo com muita história para contar. Para contribuir com a preservação, memória e promoção do patrimônio cultural e natural de Mato Grosso.

O levantamento, registro e divulgação do patrimônio, tanto material quanto imaterial, são essenciais para documentar as dinâmicas culturais das comunidades, facilitando a preservação das memórias de conhecimentos, práticas, saberes e tradições para as futuras gerações. Além disso, a divulgação desse patrimônio promove sua valorização pelo público e estimula ações de desenvolvimento local.

Elementos como o inventário e o georreferenciamento são fundamentais na documentação do patrimônio. Os mapas servem como ferramentas para a própria comunidade; por meio da cartografia afetiva, é possível identificar os locais que possuem significados especiais para a comunidade na representação de seus territórios e histórias. Os mapas, portanto, não apenas documentam locais físicos, mas também capturam as relações, memórias e afetos que os vinculam a esses espaço

Rota das Águas

Mapeamento dos atrativos naturais

Projeto de desenvolvimento de rota turística voltada para o turismo de natureza, com o objetivo de fomentar o turismo regional, através da produção de conteúdo informativos sobre os atrativos de Mato Grosso.

Realizado em 2020, com recursos da Lei Aldir Blanc envolveu a identificação e catalogação de atrativos naturais em 13 cidades, abrangendo um itinerário de mais de 2.000 quilômetros na região central do estado.

A iniciativa destacou-se por promover o ecoturismo e a visitação responsável em áreas naturais, com ênfase na exploração de corpos hídricos, como rios de águas límpidas, acentuando o potencial recreativo e educacional desses locais.

Histórico

Ao longo de uma década, os idealizadores do projeto (Torres e Otomura) conduziram o projeto, sempre com foco na pesquisa, levantamento e geolocalização para divulgação do patrimônio. Iniciado em 2013 como Zoneamento360, o projeto focou inicialmente em mapear culturalmente Cuiabá através de uma plataforma colaborativa, coletando e compartilhando informações sobre a cultura imaterial local. Nessa época os mapas colaborativos estavam em ascensão, no entanto houve pouca adesão a essa prática no Brasil. E o projeto foi se expandindo para educação patrimonial. 

Em 2015, o projeto se expandiu para abranger o mapeamento da economia criativa de Mato Grosso, sob a direção do Grupo de Estudos em Mídias Interativas Digitais da UFMT e do Ateliê360. Esta expansão incluiu subprojetos com foco em mídias móveis, cartografia do patrimônio cultural imaterial, e análise de financiamento da cultura, com o objetivo de fortalecer o setor cultural e promover o desenvolvimento econômico regional através da valorização da diversidade cultural.

Em 2019, o projeto passou por uma transformação significativa, abandonando a geolocalização para se tornar um blog. Esta mudança marcou uma simplificação na abordagem, com a equipe optando por compartilhar histórias e experiências de viagens, particularmente em lugares belos e históricos do interior do Brasil. O “Mapa do Mato” assumiu então a forma de um blog de viagens e experiências, ampliando as possibilidades de exploração e divulgação de destinos turísticos e patrimônios. E chegou a alcançar 30 mil acessos/mês, com a divulgação do patrimônio natural de Mato Grosso. 

Em 2021, o projeto se desdobrou na Rota das Águas, criando uma rota turística focada no turismo de natureza. A rota de mais de 2.000 km cobriu 13 municípios, registrou e georeferenciou 230 atrativos naturais, destacando rios e cachoeiras e promovendo o turismo regional. Este desenvolvimento atendeu às demandas de turistas regionais por informações detalhadas para planejar viagens a destinos não convencionais e isolados, durante a pandemia.

Em 2023, o projeto chega até a Associação A Casa do Centro, para retomar o levantamento e registro do patrimônio material, imaterial e natural, como ferramenta de empoderamento social e educacional.